terça-feira, 22 de agosto de 2017

Jorge Palma no Festival do Bacalhau - Report

Jardim Oudinot - Gafanha da Nazaré
10 de Agosto
No ano em que comemora os 45 anos de carreira, Jorge Palma veio até ao Festival do Bacalhau para nos proporcionar uma viagem pelas suas canções que, diga-se de passagem, já fazem parte da nossa história pessoal e do país também.
Mestre na arte de bem escrever e tocar na alma e no coração de cada um, é também mestre quando se senta ao piano e, ora só (como no disco com esse nome), ora acompanhado por três excelentes músicos – João Correia na bateria, Nuno Lucas no Baixo e Pedro Vidal na guitarra - todos nascidos depois do seu início de carreira, mas que o acompanham como se já tocassem juntos desde sempre.




Começando, literalmente e calmamente, pel’”O Fim”, canção de “Com Uma Viagem na Palma da Mão” do ano de 1975, logo passou para “Dormia Tão Sossegada” do álbum que se chamava “Jorge Palma”, mas que ficou instituído como o “Proibido Fumar” fruto da imagem desafiadora da capa do álbum. Ainda à guitarra, fez desfilar “Eternamente Tu” à la Palma’s Gang, com o virtuosismo do Vidal a evidenciar a sua guitarra, foi sucedido pelo eterno “Cara de Anjo Mau”, para mim, um dos seus temas imprescindíveis. 
Todos os temas foram sempre sublinhados pelos aplausos entusiastas de quem estava ali para o ver e desfrutar de uma noite de grandes canções.
 Dirigindo-se para o piano passeou-se por uma sequência composta por “Imperdoável”, “Minha Senhora Solidão”, “Quarteto da Corda”, “Dá-me Lume”, “Escuridão (Vai Por Mim)” e com “” entrou na visitação a esse magnífico disco.
Sem gastar muito tempo, brindou-nos com “Estrela do Mar”, “Bairro do Amor” e, o hino, “Terra dos Sonhos”.

Com “Frágil” e “Deixa-me Rir”, recebeu a banda de volta e com eles ficou até ao fim. Avançaram para “Espécie de Vampiro”, “Encosta-te a Mim” e o sempre actual e não menos eterno, “Portugal, Portugal”.
Para o encore ficou o “Jeremias o Fora da Lei” e a melhor forma de selar os concertos, “A Gente Vai Continuar”, e rematou a celebração com o, cada vez mais eléctrico, “Picado Pelas Abelhas”.
Se sempre valeu a pena ver o Jorge Palma ao vivo, há uns anos para cá, nota-se que está a ficar cada vez melhor e, no que à música diz respeito, atinge a quase perfeição. O único problema é que ficam sempre algumas canções de fora, mas isso é culpa dele por ter tanta canção bonita.

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