quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pedro Abrunhosa em Estarreja

Quando à beleza das canções se junta uma competentíssima banda – composta por Cláudio Souto nas Teclas, Pedro Martins na Bateria, Miguel Barros no Baixo e Marco Nunes na Guitarra – um “Gigante” mestre-de-cerimónias, mais conhecido por Pedro Abrunhosa e uma lotação esgotada ávida de usufruir dessa música, então passamos a ter reunidos todos os ingredientes para uma noite de grande celebração e partilha, como foi a do passado sábado no Cine Teatro de Estarreja.
Desde o primeiro momento a empatia e a comunicação bem-humorada com o público foi uma constante do concerto intimista, que abriu com “É difícil”, tema que faz parte do segundo álbum “Tempo” de 1996, logo seguido de “Não Desistas de Mim” do mais recente “Longe” e “Pontes Entre Nós” que faz parte do álbum “Luz” de 2007. Foi passando por todos os álbuns da sua carreira que foi sendo feito o concerto.
A actualidade política não foi esquecida, e entre os milhões já gastos com o BPN e um pequeno comparativo entre Portugal e o Egipto, a anteceder um “Não Posso Mais” em versão Rock, Pedro Abrunhosa pôs toda a gente a pensar um pouco na realidade que os rodeia, com um sorriso um pouco amargo na boca. Estes alertas para a realidade sempre fizeram e fazem parte da maneira de estar do músico, que aproveita e bem, para dar ao público algo mais que “apenas” canções.
Os ídolos do músico não foram esquecidos e foram homenageados com versões de “Purple Rain” de Prince, “Je T’aime Moi Non Plus” de Serge Gainsbourg, “Take a Walk on The Wild Side” de Lou Reed e um não previsto “Hallelujah” de Leonard Cohen maravilhosamente tocado no primeiro encore.
Nalguns dos temas de “Viagens”, o primeiro álbum que lançou Pedro Abrunhosa na sua carreira de sucesso o saxofonista Pedro Martins de Vagos, deu uma preciosa colaboração que só engrandeceu a beleza destas canções.
Lua” e “Fazer o que Ainda não Foi Feito” remataram o concerto com todos de pé a aplaudir e a cantar a uma só voz.
Claro que o encore foi inevitável e começou com “Momento” a solo ao piano, logo seguido com o não previsto “Hallelujah” que também surpreendeu os músicos que já vinham a entrar no palco e voltaram para trás. “Ilumina-me” foi outro momento bastante interactivo e bonito do concerto, com as luzes se desligadas para que todos os telemóveis da sala iluminassem os músicos em palco.
Tudo o que Eu Te Dou” deixou toda a sala a cantar com a “pele arrepiada” e provou, conforme o que o cantor tinha referido antes que a música deve ser comprada para ajudar os músicos que a criam e porque custa muito pouco ao pé do que “representa para a vida de cada um que a ouve”.
Com o segundo encore, amplamente exigido, veio “Rei do Bairro Alto”, tema que rematou em ritmo de festa um concerto que durou mais de duas horas e meia e marcou “para sempre” todos os que se deslocaram a Estarreja para ver estes grandes músicos.
Podem ver o alinhamento completo do concerto aqui e encontran mais fotos neste álbum.

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