segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Júlio Pereira Ao Vivo em Águeda

Já andava há muito tempo para ver Júlio Pereira ao vivo, ainda recentemente ele esteve no Teatro Aveirense, mas não me foi possível ver. Desta vez, ao saber que ele ia estar no Cine Teatro de S. Pedro em Águeda no dia 12 numa organização da D'orfeu para a Câmara de Águeda, não hesitei por um segundo e fui ver, ainda bem que assim fiz. Que bom que é ver um excelente espectáculo “servido” por excelentes músicos, sim, porque além do “Mestre” Júlio, temos também o Miguel Veras na guitarra e os sintetizadores e a voz maravilhosa da Sofia Vitória.

O concerto é cativante logo desde o início, o virtuosismo é inegável e quem vai ver já conhece e gosta. Fiquei surpreendido com a capacidade de comunicação e sentido de humor do Júlio, na minha cabeça tinha-o como um génio de poucas falas, ao vê-lo no concerto mudei totalmente a minha opinião, os seus "àpartes" e explicações dos temas deixam sempre uma nota de boa disposição. Gostei muito da frase – “todos temos um primo convexo” – ao apresentar o tema e da pequena história que contou sobre um primo seu que retirou duma plateia por se pensar retratado na frase.
Creio que a última vez que o vi em televisão foi num espectáculo do 25 de Abril, há cerca de três anos atrás na TV Galega e no qual a RTP colaborou e dá-me pena que se dê tanto tempo de antena ao que é mais fraco e artistas como este fiquem tanto tempo retirados da televisão pública.
O concerto assenta no magnífico disco de 2007, de nome “Geografias”, estava a “passar-me ao lado” mas ainda fui a tempo, depois do concerto acabei por comprar o disco, tal não foi o meu agrado.

Outro momento engraçado foi um autêntico duelo entre o bandolim e a guitarra, foi fantástico poder vê-los a por os seus instrumentos a falar.

Já em tempo de encores deu para ouvir o antigo, mas que todos conhecem, “Celtibera” e a finalizar ouvimos uma excelente versão do “Povo que lavas no rio” que não foi nenhum “sacrilégio” nenhum, ao contrário do que o júlio disse que ia ser.
Devido a uma pequena avaria na guitarra do Miguel eles acabaram a tocar totalmente em acústico e mesmo à minha frente (para tudo é preciso ter sorte, eheheh).
O alinhamento desta bela noite de concerto foi:

Espero não demorar tanto tempo a ver um próximo concerto de Júlio Pereira, como demorei para ver o primeiro, até porque está para sair o “Graffitti” que já se pode ouvir aqui e espero que haja tournée de apresentação do disco e que dê para eu poder ver.

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